O Decreto "Ad Gentes’" do Vaticano II, vem nos dizer que a Igreja de Jesus é missionária. "Então Jesus se aproximou e falou: ’Toda a autoridade foi dada a mim no céu e sobre a terra. Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo". (MT 28,18-19).
Jesus falou-lhes com toda autoridade, todo poder e, confere aos apóstolos a missão, o dever e o direito de ensinar todas as gentes sem exceção, mediante o batismo.
A Igreja missionária se origina da missão de Jesus, porque Jesus, o grande missionário veio para devolver ao Pai o que se perdera. Jesus chama para si a sua Igreja e depois a envia para o mundo inteiro.” – “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho...'' (Mc 16,15).
A Igreja missionária se origina da missão de Jesus, porque Jesus, o grande missionário veio para devolver ao Pai o que se perdera. Jesus chama para si a sua Igreja e depois a envia para o mundo inteiro.” – “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho...'' (Mc 16,15).
Quando Jesus volta para o Pai, Ele envia os apóstolos em missão. Toda ação da Igreja depende do Espírito Santo. Jesus volta para o Pai e, envia o Espírito Santo. O livro dos Atos dos Apóstolos termina de modo repentino. Mas é propósito de Deus. O livro é aberto, isto é, sem fim, nos indicando que a sua continuação fica por conta de cada um de nós. O nome de Jesus, as suas palavras e obras deverão ser anunciadas por todo o mundo. A missão de Jesus continua através de nós.
Ser missionário é cumprir a tarefa que Jesus nos confiou. Deus quer ser conhecido e amado. Para Madre Tereza de Calcutá ser missionário "é ter Jesus no coração e levá-lo ao coração daqueles que precisam".
Do céu Jesus assiste a sua Igreja, com o seu auxílio onipotente, realizando a sua promessa: "Eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28,20).
O mandato de Cristo é: "Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo." (Mt 28, 19-20).
Falar sobre missão é se debruçar sobre a Igreja desde sua fundação quando os apóstolos, depois de Pentecostes, saíram pelo mundo anunciando a Boa Nova do Reino.
A experiência dos primeiros discípulos do Senhor foi tão forte, que para eles o mundo teria que conhecer e experimentar a força transformadora do Ressuscitado. Cada apóstolo era um missionário incansável. O anúncio do Reino fazia parte do seu dia-a-dia.
O apóstolo Paulo, depois de sua conversão, viveu e pregou a radicalidade do Evangelho. Para Paulo, a Boa Nova santifica, purifica e salva o homem para experimentar a liberdade de filho de Deus.
Nestes dois mil anos de caminhada, a Igreja foi despertando nos seus filhos uma vivência missionária que os fizeram deixar tudo pelo anúncio da Boa Nova.
São Francisco de Assis, que se fez pobre para viver como pobre olhou para o mundo e viu que a falta de amor levava os homens a escravizar seus irmãos. Concluiu que para mudar tal procedimento era preciso viver a pobreza evangélica na sua radicalidade. Para São Francisco, O AMOR É O PRÓPRIO CRISTO QUE CAMINHA ENTRE NÓS.
Inácio de Loyola, depois de sua profunda experiência de Deus, viu o mundo com o olhar de Cristo, por isso era necessário formar homens apaixonados pelo Reino. E ser apaixonado pelo Reino é ser solidário com os que sofrem qualquer tipo de injustiça. Inácio se colocava a serviço do Reino por amor e para o amor.
Pergunto: COMO ESTÁ HOJE O NOSSO ARDOR MISSIONÁRIO?
No século passado, surgiu entre nós a grande missionária Tereza de Calcutá. Ela dizia que Cristo gritava em seu coração: "Tereza, preciso de você!". Ela via Cristo sofredor no leproso, na criança abandonada, no velho desamparado, na mãe que não tinha nada para alimentar seu filho, no morador de rua, nos portadores de HIV, enfim, em todo o ser humano cuja dignidade de filho de Deus era tirada.
Hoje precisamos de missionários para evangelizar o nosso Brasil.
Quanto sofrimento, quanta desesperança! Precisamos de santos missionários que se doem radicalmente na defesa da vida que está sendo vilipendiada em quase todos os segmentos da sociedade. É necessário que haja um diálogo entre todos os movimentos de evangelização para que, unidos, possam mudar essa situação de miséria.
Neste momento, Cristo está gritando para cada um de nós: "Preciso de você!". Qual será nossa resposta? A face do Cristo ressuscitado só resplandecerá no novo amanhecer se nós respondermos: -"Senhor, aqui estou".
A radicalidade do evangelho faz o cristão lançar-se ao encontro dos sem vez e sem voz e lutar pela justiça que liberta e promove o ser humano a torná-lo um cidadão digno de viver tudo aquilo para o qual foi criado.
Que neste mês possamos rezar por todos os missionários e missionárias, discípulos de Jesus que vivem este carisma missionário.